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BOTULISMO


O botulismo é causado pela ingestão da toxina do Clostridium botulinum, que é um bacilo anaeróbio, cujos esporos podem estar no solo, água ou trato digestivo de diferentes espécies. A forma vegetativa do C. botulinum se desenvolve em ambientes de anaerobiose, como em cadáveres em decomposição; no fundo de águas paradas; ou em alimentos deteriorados. Nessas condições, as formas vegetativas produzem potentes neurotoxinas que diferem antigenicamente entre si. Atualmente, são conhecidos 07 (sete) tipos de neurotoxinas: A, B, C, D, E, F e G. As toxinas são relativamente resistentes aos agentes químicos, mas sensíveis ao calor e dessecação. São rapidamente inativadas pela luz solar.
As toxinas C e D causam o botulismo em bovinos, ovinos e equinos e, esporadicamente, em outras espécies. São as de maior importância epidemiológica.
O botulismo pode ocorrer pela ingestão de carcaças contaminadas e está associada à carência de fósforo. Pode ocorrer, também, associado a alimentos contaminados (cama de frango, água estagnada, silagens e rações). No Brasil, o botulismo, conhecido também como “doença da vaca caída”, tem determinado grandes perdas econômicas, principalmente pelo número de animais que morrem todos os anos.
O curso clínico é similar em bovinos e equinos. Os sinais clínicos podem aparecer de 1 a 17 dias após a ingestão do alimento contaminado. Embora a maioria dos casos curse com quadro agudo, a evolução da enfermidade pode ser superaguda (menos de 24 horas), aguda (1 a 2 dias), subaguda (3 a 7 dias), ou crônica (7 dias a 1 mês). 
O botulismo caracteriza-se por paralisia flácida parcial ou completa dos músculos da locomoção, mastigação e deglutição. Os animais apresentam diminuição, porém nunca ausência completa do tônus da musculatura dos membros, havendo paresia flácida de dois ou dos quatro membros.
O diagnóstico da enfermidade baseia-se na sintomatologia, no histórico do caso e na ausência de lesões macroscópicas significantes. Para confirmação do diagnóstico clínico, utilizam-se diferentes técnicas de acordo com a disponibilidade do laboratório. A inoculação intraperitoneal em camundongos (ensaio biológico) de extrato hepático, soro sanguíneo, conteúdo ruminal ou intestinal é considerado o teste mais específico, porém tem baixa sensibilidade toxicológica. Se este resultar positivo, segue-se a prova de soroneutralização (ou soroproteção), que se baseia na neutralização da toxina botulínica com a antitoxina específica.
Bibliografia
CORREA, F. R. et al. Doenças de ruminantes e equinos. 2. ed. Vol. 1. São Paulo: Varela, 2001.

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