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Acidente Vascular Cerebral: o AVC


As doenças cerebrovasculares constituem a maior causa de morte no Brasil e uma das três principais causas na maioria dos países industrializados, caminhando lado a lado com o infarto do miocárdio e o câncer. O professor Carlos Tostes Guerreiro, membro do corpo docente do curso de Medicina da Faculdade Atenas-Passos e doutor em Neurociências pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP),  é quem aborda uma dessas doenças, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), abrindo a segunda temporada da série “Conectados com o Professor”.
 
“Também chamado de Acidente Vascular Encefálico (AVE), o AVC é quando os vasos que levam sangue para o cérebro obstruem – a isquemia - ou quando se rompem, que é a hemorragia”, explica o professor Carlos Tostes.
 
No AVC isquêmico há obstrução de um vaso, impedindo a passagem de sangue com oxigênio para as células cerebrais (neurônios), que acabam morrendo. Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). Conforme aponta o docente, o AVC isquêmico é o mais comum, acontecendo em 85% dos casos.  
 
Já os outros 15% são representados pelo AVC hemorrágico, que ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia. Devido a esse quadro, o AVC hemorrágico pode causar a morte com mais frequência do que o AVC isquêmico.
 
 
Sintomas
 
“Os sinais de alerta estão relacionados à fraqueza ou formigamento no rosto, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental; alteração da fala ou na compreensão dela; alteração na visão; perda ou dificuldade em manter o equilíbrio, coordenação motora, tontura; dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente”, alerta o docente da Faculdade Atenas-Passos.
 
Esses sinais têm início devido ao bloqueio da passagem de sangue em um vaso que estava levando sangue para o cérebro. Esse bloqueio pode acontecer, por exemplo, devido à obstrução do vaso por uma placa de aterosclerose. Já nos casos de rompimento do vaso, pode ocorrer quando o vaso não resiste à pressão arterial sistêmica (pressão alta).

Fatores de risco e prevenção
 
Os principais fatores de risco para o AVC incluem a hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso e obesidade, tabagismo, uso excessivo de bebidas alcoólicas, sedentarismo e histórico familiar.
 
Muitos deles dependem dos hábitos diários da pessoa e são os principais para prevenir a doença: não fumar, não consumir álcool em excesso, não fazer uso de drogas ilícitas, manter alimentação saudável, manter o peso ideal, beber bastante água, praticar atividades físicas de forma regular, e manter a pressão e a glicose controladas.
 
Diagnóstico e tratamento
 
O diagnóstico é inicialmente clínico e o mais importante. Um diagnóstico clínico rápido é necessário para iniciar o tratamento de maneira rápida e eficiente, garantindo uma menor perda de neurônios e, portanto, de capacidade funcional para o doente. Já no hospital, após o atendimento inicial clínico, o diagnóstico é confirmado com um exame de tomografia computadorizada (TC).

Uma vez que o diagnóstico é feito, pelos sintomas clínicos apresentados, o tratamento é iniciado imediatamente e também são iniciados os processos de recuperação e reabilitação, ainda com o paciente internado. A reabilitação é continuada após a alta, e também é iniciado um processo de prevenção de novos AVCs.

Na fase aguda, o paciente está sob os cuidados de uma equipe na unidade de terapia intensiva (UTI). Dependendo do quadro clínico e da região do cérebro atingida, o paciente pode necessitar de aparelhos para sobreviver.
 
Após a alta hospitalar, o paciente é reabilitado por uma equipe multiprofissional (médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais, entre outros). “O objetivo nessa fase é a recuperação do paciente através da recuperação da autonomia do paciente, conseguida pela reabilitação das funções que ele, provavelmente, perdeu. Deglutição, fala, caminhada, banho e alimentação são exemplos de atividades em que o paciente pode apresentar dificuldade para a realização”, informa o professor Carlos.
 
A prevenção é educar o paciente a não ter um novo AVC. Um exemplo nessa fase é a inserção do paciente em programas de prevenção dos fatores de risco para o AVC.
 
“No adulto, as doenças cerebrovasculares causam muito mais incapacidade física do que qualquer outra patologia. Sua taxa de mortalidade alcança 20% em um mês e cerca de um terço dos sobreviventes permanecem dependentes após seis meses”, conclui Carlos Tostes, chamando a atenção para o impacto social do AVC e para a importância da sua possível prevenção.

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