Pneumonia associada à ventilação mecânica em pacientes infectados com COVID-19: incidência e terapêutica.

Autores

  • Marcos Vinicius Fernandes Santana Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM
  • João Victor Santana Oliveira Miranda
  • Caio Vinicius da Silva Albanezi
  • Marcelo Augusto Alencar de Sousa
  • Henrico Garchet Batistela
  • Luan da Silva Marques
  • Dayberth Zimer Gomes

Palavras-chave:

COVID-19, Infecção Hospitalar, Respiração Artificial

Resumo

Pacientes internados que precisam utilizar ventilação mecânica podem adquirir pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV). A proposta deste trabalho é avaliar a incidência e os principais tratamentos de PAV em pacientes admitidos em UTI, bem como sua relação com o SARS-Cov-2 por meio de uma revisão sistemática de literatura. Os principais patógenos relacionados à PAV são as bactérias gram-negativas, sendo as Acinetobacter sp. as mais frequentes (39,1%). Nos isolados em aspirados traqueais, os principais agentes infecciosos encontrados foram: Pseudomonas (34,7%), Levedura (13%), Klebsiella (KPC) (8,6%) e Citrobacter sp. (4,3%). A higienização das mãos dos profissionais de saúde é uma medida de biossegurança fundamental. A higienização da cavidade bucal do paciente após aspiração da cavidade oral não possui recomendação formal. A PAV em pacientes infectados com COVID-19 foi mais comum em homens. A idade média dos pacientes afetados pela PAV foi de 63 anos. O principal protocolo de tratamento é o uso de antibióticos não específicos por, no máximo, 3 dias. Caso não haja melhora, deve-se realizar uma cultura bacteriana a fim de identificar o patógeno e iniciar o tratamento específico por, no máximo, 7 a 8 dias. O uso de marcadores PCR, PNT e MR-proANP não é recomendado como rotina.

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Publicado

2023-08-17