ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO PROGNÓSTICA EM PACIENTES COM EPILEPSIA APÓS CALOSOTOMIA DO CORPO CALOSO

Autores

  • Jose Paulo de Oliveira Dourado Instituto Tocantinense Presidente Antonio Carlos Porto
  • Rodrigo Antônio Rocha da Cruz Adry
  • Lucas Crociati Meguins
  • Remo de Santana de Tomi
  • Rodrigo Inácio Pongeluppi
  • Sebastião Carlos da Silva Júnior
  • Gerardo Maria de Araújo Filho
  • Lúcia Helena Neves Marques
  • Micael de Carvalho Barros
  • Thaiana Da Costa Teixeira
  • Thompson de Oliveira Turibio
  • Nícollas Nunes Rabelo

Palavras-chave:

Calosotomia do corpo caoloso. Cirurgia da epilepsia. Epilepsia. Fatores de prognóstico. Seguimento.

Resumo

Introdução: A epilepsia clinicamente intratável é uma condição debilitante que pode ser difícil de gerir. Estudos demonstraram que a calosotomia do corpo caloso (CC) seria suficiente para melhorar as crises generalizadas através do alívio da gravidade das crises e não para as erradicar. O objetivo deste estudo é analisar o resultado a longo prazo das calosotomias no que diz respeito aos tipos e frequências das crises, aos fármacos antiepilépticos utilizados (AEDs) e aos fatores que influenciam o resultado e as complicações das crises. Métodos: Foram analisados todos os doentes submetidos a CC na nossa instituição entre 2003 e 2013 e que foram seguidos durante pelo menos um ano após a cirurgia. Foram analisados os dados relativos aos tipos e frequências de crises, resultados de exames, incapacidades associadas, tipo e número de DAE utilizadas. Resultados: Quarenta doentes foram submetidos a CC por epilepsia clinicamente intratável (21 homens; 52,5%) com uma média de idades de 13,8 anos. A maioria dos doentes tinha mais do que um tipo de crises. A mediana do número de AEDs tomadas no pré-cirúrgico foi de 3,05 e de 1,92 após um ano de seguimento. Foram analisados factores clínicos e sociodemográficos correlacionados com a classe de doentes com Engel, tais como o sexo, a lateralidade, a idade, a presença de défice neurológico e disfunção cognitiva, anomalias na Ressonância Magnética (RM) e no vídeo-eletroencefalograma (VEEG), idade de início das crises, duração da epilepsia e tipo e número de AEDs utilizados. A disfunção cognitiva, as alterações no VEEG e as anomalias na RMN tiveram significado estatístico. Verificou-se uma redução da frequência de crises por mês, sem grandes complicações pós-cirúrgicas neste grupo de doentes. Conclusões: O presente estudo observou que a CC reduziu eficazmente a frequência de crises com um baixo risco pós-cirúrgico e melhorou a frequência de crises, especialmente em doentes mais jovens e naqueles com menor duração da doença.

 

Downloads

Publicado

2023-08-17

Como Citar

de Oliveira Dourado, J. P., Rodrigo Antônio Rocha da Cruz Adry, Lucas Crociati Meguins, Remo de Santana de Tomi, Rodrigo Inácio Pongeluppi, Sebastião Carlos da Silva Júnior, Gerardo Maria de Araújo Filho, Lúcia Helena Neves Marques, Micael de Carvalho Barros, Thaiana Da Costa Teixeira, Thompson de Oliveira Turibio, & Nícollas Nunes Rabelo. (2023). ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO PROGNÓSTICA EM PACIENTES COM EPILEPSIA APÓS CALOSOTOMIA DO CORPO CALOSO. Revista Atenas Higeia, 5(1), 1-13. Recuperado de http://atenas.edu.br/revista/index.php/higeia/article/view/424